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AGRICULTURA COMO

PROJETO DE PERTENCIMENTO


"Uma flor crescendo é uma esperança diante de seus olhos. Você só precisa ver."

Mohammed AbuJayyab

NOSSOS OBJETIVOS

Nossa meta é construir mil pequenas fazendas, em diferentes partes do mundo, em um período de dez anos. Como? Substituir a energia da máquina pela energia humana, porque acreditamos que fazer canteiros e atender todo o processo produtivo cria uma comunidade; trabalhar com nossas mãos cria uma comunidade. Por meio da agricultura de baixa tecnologia é possível investir em coisas que ficarão no local por muito tempo (sustentabilidade). Ferramentas manuais em vez de ferramentas mecânicas para evitar combustíveis fósseis. Energia humana: a maior parte do nosso orçamento consiste em salários que vão para as pessoas e podem ser transferidos de uma pessoa qualificada para outra. Portanto, a fazenda piloto é a base de treinamento e conhecimento para as pessoas. E é imprescindível o apoio da comunidade para construir novas fazendas.

MOTIVAÇÃO

O mundo em que vivemos hoje nos apresenta uma crise que resulta da tensão constante entre nosso desejo de pertencer e nosso desejo de ser livre. Os refugiados hoje são vítimas de transformar essa tensão em uma arma no plano político, mas dificilmente são os únicos. Nossa crescente urbanização está nos separando de nossas pequenas comunidades em que crescemos, dos vizinhos que costumávamos conhecer pelo nome e de lugares que reconhecemos pelo cheiro. Todos nós viemos para as grandes cidades em busca de nossas liberdades financeiras e sociais que vêm com o preço do distanciamento.

Não tem que ser assim. Ver os refugiados como resultado de crises políticas específicas nos ajuda a nos posicionar como salvadores que desejam ajudá-los a sair de sua miséria. Mas o fato é que os refugiados são um sintoma do agravamento da crise que está tocando nossa humanidade e tocando nossos desafios mais profundos de pertencer. Como pessoas que vivenciam essa tensão diariamente em nossas vidas, precisamos buscar nossa salvação coletiva trabalhando com os refugiados, em vez de tentar ajudá-los pela caridade à distância.

PEQUENAS FAZENDAS COMO FONTE ALIMENTAR

As pequenas fazendas que cultivam alimentos localmente produzem alimentos, enquanto as grandes fazendas produzem safras comerciais. Ter uma pequena fazenda por perto, da qual você pode comprar diretamente, preenche a lacuna crescente na cadeia de abastecimento de alimentos e remove grandes quantidades de resíduos produzidos pela logística da grande cadeia de abastecimento do agronegócio.
 

Seu agricultor não é mais alguém que toma decisões de negócios, independentemente do impacto que isso causa na sua saúde, mas é alguém que você conhece e se preocupa tão bem quanto eles. Cortar os suspeitos usuais da cadeia de suprimentos – os supermercados e grandes distribuidores – torna possível ser pequeno e lucrativo. Muitas fazendas vendem diretamente aos consumidores por meio de um CSA (Comunidade que Sustenta a Agricultura) que constrói uma relação mais próxima entre o agricultor e o consumidor.

COMO A EDUCAÇÃO POLÍTICA E ECOLÓGICA PODE ATENDER

Ter a chance de aprender a cultivar sua própria comida com um refugiado inverte os papéis tradicionais que perpetuamos com os refugiados. O refugiado ajuda você a ter uma vida melhor comendo alimentos orgânicos e saudáveis que você vê crescer. O refugiado não é mais uma vítima, mas uma mão amiga que se estende à sua sociedade. Uma criança não vai mais à fazenda para aprender apenas biologia, mas também política, economia e sociedade. As crianças que visitam a fazenda podem oferecer em troca seu idioma, cultura e conexão com a sociedade que seria necessária para um novo membro, como um refugiado que se estabeleceu recentemente. A criança deixa de ser um receptor passivo de conhecimento e passa a ser um participante investido dele.

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